Biblioteca Escolar Diogo de Macedo

"No Egito, as bibliotecas eram chamados "Tesouros dos remédios da alma". De facto é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras." Jacques Bossuet

Biblioteca Escolar Diogo de Macedo

"Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca", Jorge Luís Borges

O direito de ler em qualquer lugar.

in Os Direitos Inalienáveis do Leitor, de Daniel Pennac

L'Adieu, 1920

Escultura de Diogo de Macedo (1889-1959)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Feliz 2016!!!



Receita de Ano Novo
Carlos Drummond de Andrade
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Poesias com Natal - Clube de Leitura

No dia 16 de dezembro, o Clube de Leitura levou as Boas Festas às salas de aula, presenteando os colegas e professores com três poemas Natal Up-To-Date de David Mourão-Ferreira; Natal de Sidónio Muralha e Janeiras de Vitorino Nemésio.
Aqui ficam as fotografias  e os poemas para que os possam rever...





Natal Up-To-Date

Em vez da consoada há um baile de máscaras
Na filial do Banco erigiu-se um Presépio
Todos estes pastores são jovens tecnocratas
que usarão dominó já na próxima década
Chega o rei do petróleo a fingir de Rei Mago
Chega o rei do barulho e conserva-se mudo
enquanto se não sabe ao certo o resultado
dos que vêm sondar a reacção do público
Nas palhas do curral ocultam microfones
O lajedo em redor é de pedras da Lua
Rainhas de beleza vêm de helicóptero
e é provável até que se apresentem nuas
Eis que surge no céu a estrela prometida
Mas é para apontar mais um supermercado
onde se vende pão já transformado em cinza
para que o ritual seja muito mais rápido
Assim a noite passa E passa tão depressa
que a meia-noite em vós nem se demora um pouco
Só Jesus no entanto é que não comparece
Só Jesus afinal não quer nada convosco."
David Mourão-Ferreira


Natal
Hoje é dia de Natal.
O jornal fala dos pobres
em letras grandes e pretas,
traz versos e historietas
e desenhos bonitinhos,
e traz retratos também
dos bodos, bodos e bodos,
em casa de gente bem.
Hoje é dia de Natal.
- Mas quando será de todos?
Sidónio Muralha
Obras Completas do Poeta
Lisboa, Universitária Editora, 2002
    Janeiras
    Ó de casa, alta nobreza,
    Mandai-nos abrir a porta,
    Ponde a toalha na mesa
    Com caldo quente da horta!

    Teni, ferrinhos de prata,
    Ao toque desta sanfona!
    Trazemos ovos de prata
    Fresquinhos, prá vossa dona.

    Senhora dona de casa,
    À ilharga do seu Joaquim,
    Vermelha como uma brasa
    E alva como um jasmim!

    Vimos honrar a Jesus
    Numas palhinhas deitado:
    O candeio está sem luz
    Numa arribana de gado.

    Mas uma estrela dianteira
    Arde no céu, que regala!
    A palha ficou trigueira,
    Os pastorinhos sem fala.

    Dá-lhe calorzinho a vaca,
    O carvoeiro uma murra,
    A velha o que traz na saca,
    Seus olho mansos a burra.

    Já as janeiras vieram,
    Os Reis estão a chegar,
    Os anos amadurecem:
    Estamos para durar!

    Já lá vem Dom Melchior
    Sentado no seu camelo
    Cantar as loas de cor
    Ao cair do caramelo.

    O incenso, mirra e oiro,
    Que cheirais e luzis tanto,
    Não valeis aquele tesoiro
    Do nosso Menino santo!

    Abride a porta ao peregrino,
    Que vem de num longe, à neve,
    De ver nascer o Menino
    Nas palhinhas do preseve.

    Acabou-se esta cantiga,
    Vamos agora à chacota:
    Já enchemos a barriga,
    Sigamos nossa derrota!

    Rico vinho, santa broa
    Calça o fraco, veste os nus!
    Voltaremos a Lisboa
    Pró ano, querendo Jesus
Vitorino Nemésio

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Poesia com sabor a Natal

Na quarta-feira, dia 17, o Clube de Leitura deseja Boas Festas e vai percorrer as salas de aula, levando consigo poesia com sabor a Natal!!
Boas Festas!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Dia Internacional dos Direitos Humanos

...E porque hoje é um dia muito especial para todos nós, e porque o que se vai passando por todo o mundo nos diz respeito, pois temos uma voz ativa.., fica este vídeo para ver e refletir sobre os Direitos do Homem.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Já cheira a Natal!

Este ano, tivemos a ajuda dos alunos de Educação Especial na decoração de Natal da Biblioteca. Esta árvore foi decorada por eles e ficou mesmo bem!!!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá em BD

   "O Gato Malhado e A Andorinha Sinhá" é uma obra de Jorge Amado, trabalhada nas turmas do 8º ano.   
   O trabalho que podem visualizar aqui foi realizado pelo Tomás Sá Guedes, do 8º E. O Tomás fez uma belíssima Banda Desenhada que está em exposição na Biblioteca, mas para os que não podem deslocar-se  à Biblioteca, fica aqui o registo. Apreciem a expressividade dos desenhos e a beleza deste trabalho. Parabéns ao Tomás!



quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

dia internacional da pessoa com deficiência (3 de dezembro) é uma data comemorativa internacional promovida pelas Nações Unidas desde 1998, com o objetivo de promover uma maior compreensão dos assuntos relacionados com a deficiência e, desta forma,  mobilizar a defesa da dignidade, dos direitos e o bem estar das pessoas. Procura também aumentar a consciência dos benefícios trazidos pela integração das pessoas com deficiência em cada aspecto da vida política, social, económica e cultural. O trabalho das escolas é  parte integrante de um todo que visa a inclusão destas pessoas na sociedade. 

Hoje, o nosso pensamento vai para todos os que são iguais a nós, e que, ao mesmo tempo, reúnem características muito particulares, e para os que trabalham diretamente com estas pessoas e que as fazem crescer mais felizes. 


quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

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Já saiu a newsletter de novembro