Biblioteca Escolar Diogo de Macedo

"No Egito, as bibliotecas eram chamados "Tesouros dos remédios da alma". De facto é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras." Jacques Bossuet

Biblioteca Escolar Diogo de Macedo

"Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca", Jorge Luís Borges

O direito de ler em qualquer lugar.

in Os Direitos Inalienáveis do Leitor, de Daniel Pennac

L'Adieu, 1920

Escultura de Diogo de Macedo (1889-1959)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA -FASE DISTRITAL-PORTO RTP

Aqui poderão observar a reportagem referente à participação dos nossos alunos na 6ª fase distrital do Porto, no Concurso Nacional de Leitura. A reportagem passou no dia 14 de maio, no programa Portugal no Coração. (minutos 11:27 até 15:19)

Portugal no Coração - Talk-Shows RTP 1 - Multimédia RTP

E ainda podem visualizar  a reportagem do Gabinete de Inovação Formação e Tecnologias da DREN

http://w3.dren.min-edu.pt/gift/tvktve/reportagens.htm

terça-feira, 8 de maio de 2012

OLIMPÍADAS DE PORTUGUÊS

     Pelo terceiro ano consecutivo, realizaram-se as Olimpíadas de Português na Diogo de Macedo. A equipa da Biblioteca, em colaboração com os professores de Língua Portuguesa, promoveram a atividade onde os nossos alunos provaram o seu conhecimento da língua materna. É com satisfação que verificámos o entusiasmo das diversas equipas ao longo das três fases destas Olimpíadas. As provas foram constituídas por exercícios de ortografia, vocabulário, gramática, expressão escrita e ainda leitura expressiva.

Continuem a aprofundar o vosso conhecimento da Língua Portuguesa!!!

Eis os vencedores desta edição das Olimpíadas de Português

1º lugar

     9ºE
Mª Beatriz Pereira
Henrique Costa
Joaquim Molina
Rafael Novo

2º lugar (em ex-aequo)

                                             7ºB                                                      8º B
                                          Inês Pinho                                          Anaísa
                                          Pedro                                                  Mariana
                                          Raquel                                                Nádia
                                          Beatriz                                                Telmo

segunda-feira, 7 de maio de 2012

CONCURSO DE POESIA INTERESCOLAS DE GAIA

O Concurso de Poesia Interescolar de Vila Nova de Gaia 2012 teve duas fases. A primeira decorreu a nível de escola e o júri atribuíu os seguintes prémios


Escalão E - 3º Ciclo
1º prémio
Poema: Julieta e a Borboleta Violeta - Adriana Gomes Oliveira, 7º D

2º prémio
Poema: A flor que nasceu no Inverno  - Cíntia Catarina Pereira, 9º D

3º prémio
Poema: A Vida a Sonhar -  Jorge Miguel Silva, 7º A


Escalão F – 3º ciclo grupo de alunos
Poema: As Sorridentes - Cíntia Pereira, Ana Freitas, Cristiana martins, Inês tavares, Joana Santos, 9º D


Escalão G – 10 /11º anos
1º prémio
Poema: O poeta -Ângela Ribas da Costa, 11º A

 Escalão H – 12º ano
1º Prémio
Poema: Sonho Encoberto - Rosa Sofia Azevedo, 12º A

2º Prémio
Poema: Pessoa vs Caeiro – Elma Ticiana Pereira

Aqui podem apreciar os poemas eleitos. Parabéns a todos!!!





Na segunda fase do Concurso, a nível das escolas de Vila Nova de Gaia, o júri premiou duas das nossas alunas:

Escalão G – 10 /11º anos
1º prémio
Poema: O poeta -Ângela Ribas da Costa, 11º A

Escalão H – 12º ano
Menção Honrosa
Poema: Sonho Encoberto -Rosa Sofia Azevedo, 12º A

Parabéns!!!..

sexta-feira, 4 de maio de 2012

MÃOS DE MÃE


Mãe e filho de Gustave Klimt
   
    Noite após noite, a minha mãe vinha aconchegar-me, mesmo quando eu já deixara há muito de ser criança. Tal como outrora, inclinava-se sobre mim, afastava o meu cabelo comprido e beijava-me a testa.
    Não me lembro de quando o gesto das suas mãos a afastar o meu cabelo começou a irritar-me. Mas aborrecia-me deveras que ela passasse as mãos ásperas e gastas pelo trabalho sobre a minha pele macia. Uma noite gritei, zangada:
—Não faças mais isso! As tuas mãos são muito ásperas!
    A minha mãe não disse nada, mas nunca mais aquele gesto de amor rematou os meus dias. Continuei acordada muito tempo depois de ter proferido aquelas palavras, que agora me perseguiam. Contudo, o orgulho abafou a consciência e não consegui dizer-lhe o quanto lamentava tê-las proferido.
    Os anos foram passando, sem que a memória daquela noite se apagasse. O incidente, que ora parecia recente ora se afigurava longínquo, nunca me saiu da mente e eu comecei a ter saudades daquele gesto que reprimira.
    Hoje a minha mãe já ultrapassou os setenta anos e as mãos que outrora achei tão ásperas ainda trabalham para mim e para os meus. É ela que tem sido a nossa médica, ao procurar no armário o remédio para aliviar uma dor de estômago ou de um joelho ferido dos mais novos. É ela que faz o melhor frango frito do mundo, que tira as nódoas das calças de ganga como eu nunca consegui, que ainda insiste em servir gelado a qualquer hora do dia ou da noite.Ao longo dos anos, as mãos da minha mãe trabalharam durante horas incontáveis, muito antes de haver máquinas de lavar e tecidos resistentes que não engelham.
    Agora, os meus filhos já são crescidos e independentes e o meu pai já faleceu. Em ocasiões especiais, vou passar a noite com ela.
E foi assim que, numa véspera do Dia de Ação de Graças, quando eu começava a adormecer no quarto da minha infância, senti uma mão conhecida, que passava, hesitante, pelo meu rosto, para afastar o cabelo da minha testa. Quando um beijo, sempre igualmente gentil, pousou no meu sobrolho, recordei, pela milésima vez, a noite em que a minha voz jovem e ríspida soara indignada:
—Não faças mais isso. As tuas mãos são muito ásperas!
    Então, segurando a mão da minha mãe, disse-lhe o quanto lamentava aquela noite. Pensei que, como eu, ela se lembrasse... Mas a minha mãe não sabia do que eu estava a falar, pois há muito que tinha esquecido e perdoado.
Naquela noite, adormeci profundamente grata pela presença da minha mãe e pelo carinho das suas mãos.
    E a culpa que eu tinha carregado durante tantos anos desvaneceu-se.


Louisa Godissart McQuillen
Jack Canfield, Mark Victor Hansen
A Second Chicken Soup for the Woman’s Soul
HCIbooks, Deerfield Beach, 1998
(Tradução e adaptação)