segunda-feira, 2 de março de 2020

Sensibilizar para a leitura de "Os Lusíadas"


No passado dia 13 de fevereiro, as turmas de 9º ano tiveram a oportunidade de assistir a uma sessão de sensibilização para a leitura da epopeia “Os Lusíadas” de Camões, na ESDM. Realizada por Alfredo Leite, a sessão teve lugar na sala dos grandes grupos e, de um modo geral, todos os alunos ficaram surpreendidos e motivados a ler esta conhecidíssima obra de Camões.
No início, Alfredo Leite começou por, em voz baixa, indicar aos alunos que precisava de ajuda. “Tenho cinco problemas e nenhuma solução. Vocês terão de os descobrir e terão de me ajudar a encontrar cinco soluções. Estão dispostos a ajudar-me?”, perguntou ele. É claro que, querendo impressionar, os alunos gritaram “Sim!” e o psicólogo prosseguiu.
Ele expôs os cinco problemas (dois irmãos que se recusavam a sair da zona de conforto, um homem que repetiu um erro do passado, três macacos que simbolizavam todos os que não ouvem, não falam ou não pensam por si próprios, simplesmente porque se recusam, entre outros problemas) e a vítima: “Os Lusíadas”.
De seguida, os alunos, como previsto, apresentaram algumas soluções, como não ligar ao que os outros dizem sobre a obra, ficar informado sobre o contexto sociocultural da obra e tentar lê-la, porque “nunca saberás se gostas de algo sem o experimentar”. O doutor Alfredo Leite salientou que “lemos para compreender e compreendemos para ler”. Como afirmou várias vezes, os estudantes não podem desistir de ler “Os Lusíadas” só porque, à primeira vista, parece ser uma epopeia complexa. Aliás, é justamente por isso que ela deve ser lida.
Através de uma linguagem eloquente e da incomum forma de comunicação de Alfredo Leite, os alunos ganharam a motivação de que precisavam para estudar a grande obra-prima que é “Os Lusíadas” de Luís de Camões.
Beatriz Guerra, 9ºC




Texto de apreciação crítica


Sessão de sensibilização sobre “Os Lusíadas”
Na passada quinta-feira, 13 de fevereiro, as turmas do 9º ano foram assistir a uma sessão de sensibilização para a leitura de “Os Lusíadas”, dinamizada por um psicólogo, Alfredo Leite, que durante toda a apresentação foi mostrando que valia a pena ler a obra de Camões e como ela deveria ser lida.
Apreciei bastante esta sessão. No início, eu e todos os que estavam presentes na sala, ficamos sem perceber o que Alfredo Leite estava a expor, pois julgávamos que íamos assistir a uma representação teatral de um excerto da obra de Camões, e não era isso que estava a acontecer.
Depois de algumas explicações, começamos a entender em que consistiria aquela apresentação. O psicólogo começou por referir que tinha cinco problemas e que tínhamos que encontrar cinco soluções para os problemas e identificar a vítima desses problemas, mas também explicou que só haveria uma vítima se nós não conseguíssemos encontrar as soluções. Os problemas eram desconcertantes e enigmáticos e em nada pareciam estar ligados à obra de Camões: o primeiro problema que nos foi exposto foi o de dois irmãos que deixaram cair um pertence num penhasco e só foram procurar aonde havia luz e descartaram a hipótese de poder estar na parte escura; outro dos problemas apresentados foi o de um homem que estava numa linha de caminho de ferro e que estava prestes a morrer, mas já no ano anterior outro senhor tinha feito exatamente o mesmo, e outro dos problemas era um grupo de três macacos, o primeiro a tapar os olhos, outro a tapar os ouvidos e o último a tapar a boca.
Felizmente, nós, alunos, conseguimos encontrar todas as soluções para estas questões misteriosas e até um pouco perturbadoras. Para o primeiro problema a resposta que encontramos foi que nós temos que sair da nossa zona de conforto e ir além dela, neste caso aventurar-nos a ler a epopeia  camoniana; para o problema seguinte percebemos que a resposta era não continuar a cometer os erros do passado, como por exemplo começar a ler a obra e depois deixar de ler só porque implica esforço; já com a última questão, a dos três macacos, percebemos que não devemos levar-nos pelos que os outros possam dizer sobre “Os Lusíadas”, primeiro lemos e depois devemos tirar as nossas próprias conclusões e ter uma opinião pessoal e fundamentada. No final destes problemas e soluções, ficamos a saber que a vítima disto tudo, se não conseguíssemos decifrar as respostas certas, seria a obra “Os Lusíadas”, vítima de alunos desmotivados para a sua leitura.         
Penso que Alfredo Leite cativou qualquer aluno daquela sala a ler a obra, pela forma como nos abordou e como nos “obrigou” a refletir sobre as nossas atitudes. Ficamos entusiasmados e com vontade de querer saber o que vamos encontrar nesta narrativa épica. Apesar de estar a fazer a sessão sozinho e só com um suporte em PowerPoint, penso que o dinamizador da sessão conseguiu, de forma clara e eloquente, alcançar o seu objetivo.
Aconselho qualquer um a assistir a esta sessão de sensibilização para a leitura da epopeia de Camões.
Ana Raquel, 9ºC





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