Biblioteca Escolar Diogo de Macedo

"No Egito, as bibliotecas eram chamados "Tesouros dos remédios da alma". De facto é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras." Jacques Bossuet

Biblioteca Escolar Diogo de Macedo

"Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de biblioteca", Jorge Luís Borges

O direito de ler em qualquer lugar.

in Os Direitos Inalienáveis do Leitor, de Daniel Pennac

L'Adieu, 1920

Escultura de Diogo de Macedo (1889-1959)

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Poesias com Natal - Clube de Leitura

No dia 16 de dezembro, o Clube de Leitura levou as Boas Festas às salas de aula, presenteando os colegas e professores com três poemas Natal Up-To-Date de David Mourão-Ferreira; Natal de Sidónio Muralha e Janeiras de Vitorino Nemésio.
Aqui ficam as fotografias  e os poemas para que os possam rever...





Natal Up-To-Date

Em vez da consoada há um baile de máscaras
Na filial do Banco erigiu-se um Presépio
Todos estes pastores são jovens tecnocratas
que usarão dominó já na próxima década
Chega o rei do petróleo a fingir de Rei Mago
Chega o rei do barulho e conserva-se mudo
enquanto se não sabe ao certo o resultado
dos que vêm sondar a reacção do público
Nas palhas do curral ocultam microfones
O lajedo em redor é de pedras da Lua
Rainhas de beleza vêm de helicóptero
e é provável até que se apresentem nuas
Eis que surge no céu a estrela prometida
Mas é para apontar mais um supermercado
onde se vende pão já transformado em cinza
para que o ritual seja muito mais rápido
Assim a noite passa E passa tão depressa
que a meia-noite em vós nem se demora um pouco
Só Jesus no entanto é que não comparece
Só Jesus afinal não quer nada convosco."
David Mourão-Ferreira


Natal
Hoje é dia de Natal.
O jornal fala dos pobres
em letras grandes e pretas,
traz versos e historietas
e desenhos bonitinhos,
e traz retratos também
dos bodos, bodos e bodos,
em casa de gente bem.
Hoje é dia de Natal.
- Mas quando será de todos?
Sidónio Muralha
Obras Completas do Poeta
Lisboa, Universitária Editora, 2002
    Janeiras
    Ó de casa, alta nobreza,
    Mandai-nos abrir a porta,
    Ponde a toalha na mesa
    Com caldo quente da horta!

    Teni, ferrinhos de prata,
    Ao toque desta sanfona!
    Trazemos ovos de prata
    Fresquinhos, prá vossa dona.

    Senhora dona de casa,
    À ilharga do seu Joaquim,
    Vermelha como uma brasa
    E alva como um jasmim!

    Vimos honrar a Jesus
    Numas palhinhas deitado:
    O candeio está sem luz
    Numa arribana de gado.

    Mas uma estrela dianteira
    Arde no céu, que regala!
    A palha ficou trigueira,
    Os pastorinhos sem fala.

    Dá-lhe calorzinho a vaca,
    O carvoeiro uma murra,
    A velha o que traz na saca,
    Seus olho mansos a burra.

    Já as janeiras vieram,
    Os Reis estão a chegar,
    Os anos amadurecem:
    Estamos para durar!

    Já lá vem Dom Melchior
    Sentado no seu camelo
    Cantar as loas de cor
    Ao cair do caramelo.

    O incenso, mirra e oiro,
    Que cheirais e luzis tanto,
    Não valeis aquele tesoiro
    Do nosso Menino santo!

    Abride a porta ao peregrino,
    Que vem de num longe, à neve,
    De ver nascer o Menino
    Nas palhinhas do preseve.

    Acabou-se esta cantiga,
    Vamos agora à chacota:
    Já enchemos a barriga,
    Sigamos nossa derrota!

    Rico vinho, santa broa
    Calça o fraco, veste os nus!
    Voltaremos a Lisboa
    Pró ano, querendo Jesus
Vitorino Nemésio

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Poesia com sabor a Natal

Na quarta-feira, dia 17, o Clube de Leitura deseja Boas Festas e vai percorrer as salas de aula, levando consigo poesia com sabor a Natal!!
Boas Festas!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Já cheira a Natal!

Este ano, tivemos a ajuda dos alunos de Educação Especial na decoração de Natal da Biblioteca. Esta árvore foi decorada por eles e ficou mesmo bem!!!